sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eletricidade


Bateria convencional - ativação e manutenção

A bateria é um componente essencial no sistema elétrico de todas as motocicletas, motonetas e scooters.

E a perfeita compreensão e ativação garantem vida longa a bateria e evita muitos casos de garantias reprovadas. Porém, existem situações em que a bateria só é ativada quando a motocicleta é vendida e devido a pressa no momento da entrega do veículo, o processo de ativação acaba sendo incompleto e a bateria não atinge os 75% da carga que é o mínimo necessário. Em alguns casos, devido ao pouco uso do veículo, o sistema elétrico da motocicleta não consegue completar a carga da bateria, ocasionando sulfatação das placas, situação onde nem sempre e possível sua recuperação.

A recomendação para lojas que trabalham com motocicletas zero km é que sempre possuam uma bateria ativada para pronta entrega.
Segundo a Yuasa, que é fabricante de baterias que equipam as principais marcas de motocicletas, a corrente elétrica é fornecida ao circuito por uma reação química ocorrida na bateria, conhecida como eletrólise.
O componente possui um compartimento plástico com seis células ligadas em série, cada uma produzindo uma tensão ligeiramente superior a 2 volts, o que totaliza um valor acima dos 12 volts. O número de placas positivas e negativas e seu tamanho dentro de cada célula determinam sua capacidade, medida em ampéres/hora, ou seja, corrente descarregada versus as horas de descarga disponível. As placas positivas das células são de peróxido de chumbo e as placas negativas são de chumbo. Cada célula é abastecida com o eletrólito, composto de ácido sulfúrico diluído, que dependendo do fabricante deve manter uma densidade igual ou superior a 1,260 g/l (gramas/litro, peso relativo da solução em comparação a um volume igual de água). Os separadores, que ficam entre as placas, atuam como isoladores de cada célula. Quando a corrente elétrica passa da placa negativa à positiva pelo circuito, ocorre uma reação química que fornece elétrons livres. O fornecimento desses elétrons, vindo do gerador à bateria, inverte a reação química e recarrega a bateria. Segundo os manuais de serviços das principais motocicletas, para recarregar uma bateria o gerador da motocicleta deve fornecer uma tensão superior a tensão da bateria. As células são ligadas por um único tubo, conhecido como respiro e em hipótese alguma deve ser obstruído a fim de evitar-se o risco de explosões.


Importante: A vida útil da bateria varia muito e depende principalmente do modo e da frequência de manutenção.

Acompanhe o procedimento de ativação de baterias convencionais novas.

Enchimento da solução

Remova o tubo de vedação do respiro e as tampas. O enchimento deve ser feito em cada célula até que todas estejam completas no nível máximo. Caso o nível esteja acima, o excesso deve ser retirado com uma seringa. Lembrando que a solução deve ser aquela que acompanha a bateria e usada somente para o primeiro enchimento.

Atenção não utilize água ou qualquer outro aditivo líquido no lugar da solução

Se derramar solução nas mãos ou roupas, lave-as com água imediatamente. Se a solução cair nos olhos, tenha muito cuidado ao lavá-los para não espalhá-la, causando danos à saúde.
Nesse caso, coloque os olhos diretos na água sem a ajuda das mãos para retirar a solução ácida e em seguida, procure por socorro médico imediatamente.
Ao manusear uma bateria é muito importante a utilização de equipamento de segurança como óculos e luvas.
Após completar todas as células, deixe a bateria repousar até que esteja fria. Uma bateria simplesmente cheia de solução não significa que esteja indicando 100% de sua carga total, pois parte da carga aplicada no processo de produção pode ter sido descarregada em função do tempo em que ficou no estoque da loja. Por isso é necessário saber se há necessidade de uma carga inicial. Para saber se é necessário uma carga inicial, o reparador deve verificar com o auxilio de um densímetro a densidade do eletrólito de todas as células, comparando o menor valor obtido com a tabela (densidade x tempo de carga) e só assim saberemos se há necessidade de carregá-la ou não. Densidade entre 1,26 e 1,28 g/l, a porcentagem de carga deve estar entre 75% e 100%.
Tampar os vasos, efetuar a limpeza da bateria. Montar na motocicleta e fixar primeiramente o terminal negativo e posteriormente o positivo e não esquecer a mangueira do dreno (respiro da Bateria).


Dica: Para o caso de bateria usada toda vez que houver necessidade de completar o nível, deve-se utilizar somente água desmineralizada.

A tabela de verificação da densidade e tempo de carga também é valida para baterias usadas. 

                                                                                   Fonte: revista Yamaha News


Processo de manutenção de baterias usadas

Verifique o nível do eletrólito e complete com água destilada se necessário.
Se houver alguma oxidação nos terminais da bateria, utilize uma escova de aço para efetuar a limpeza.


Dica: No procedimento de carga deve-se somente utilizar carga lenta (no máximo 10% de toda amperagem da bateria), não deixando que a temperatura da bateria supere 55°C.


Matéria publicada originalmente no Jornal OficinaBrasil
Texto: Paulo J. de Sousa

sábado, 7 de março de 2015

COMO AJUSTAR A LENTA NA XT 660?







COMO AJUSTAR A LENTA NA XT 660?


Ao contrário da Fazer 250, o procedimento de ajuste da rotação da lenta na XT 660 é dado por meio do parafuso batente da borboleta, porém como o eixo é o mesmo que aciona o sensor de posição da borboleta do acelerador (TPS) é conveniente conferir o posicionamento do sensor. O procedimento de ajuste de rotação é dado assim: ajuste a marcha lenta por meio do parafuso batente da borboleta localizado na lateral do corpo, o processo é semelhante ao procedimento de alguns carburadores. O trabalho deve ser realizado com o motor aquecido em temperatura normal de uso.

Fonte: Livro de Injeção Eletrônica de Motocicletas – Editora SENAI


 


COMO AJUSTAR A LENTA NAS YAMAHAS 250?

Na intenção e ajustar a marcha lenta da motocicleta, o reparador sem perceber conserta um defeito e cria um problema. Alterar a rotação do motor por meio do parafuso batente da borboleta pode mudar a referência do sensor de posição da borboleta do acelerador (TPS).
O procedimento correto é dado assim: ajuste a marcha lenta por meio do parafuso philips que fica na lateral do corpo de borboleta. Quanto mais aberto mais ar irá passar para o motor e, consequentemente, a rotação será elevada. O trabalho deve ser realizado com o motor aquecido em temperatura normal de uso.

Fonte: Livro de Injeção Eletrônica de Motocicletas – Editora SENAI



 

REGULAGEM DA LENTA NA HONDA TITAN 150




Nas motocicletas Honda equipadas com injeção eletrônica o ajuste da rotação do motor é automático, o ECM (módulo de controle do motor) utiliza a temperatura do ar de admissão e do óleo do motor para efetuar o ajuste de entrada de ar de marcha lenta. O IACV, movimenta-se controlando o volume de ar para o motor.

Fonte: Livro de Injeção Eletrônica de Motocicletas - Editora SENAI

 
 

 PINAGEM DO SISTEMA PGM-FI




No diagrama da motocicleta, cada componente do sistema está ligado ao ECM (módulo de controle do motor) por meio da fiação e também ao pino correspondente no módulo.



 Muitos problemas na injeção são ocasionados pela falha de contato nos conectores dos sensores e atuadores e também nos pinos do ECM. As falhas podem ser convertidas em piscadas na luz da injeção localizada no painel. Fique atento!

Fonte: livro de injeção eletrônica da editora SENAI.

 

ABRIMOS A CAIXA PRETA DA MOTOCICLETA


Em detalhes, vamos explicar as funções essenciais da unidade de controle eletrônico ECU das motocicletas equipadas com o sistema de injeção, e fornecer informações importantes para o reparador identificar falhas no funcionamento geral da injeção e diagnosticar suas principais causas.


O módulo é o cérebro do sistema de injeção eletrônica. Ele é previamente alimentado pela bateria da motocicleta e recebe vários sinais de entrada provenientes dos sensores e interruptores, com as condições instantâneas do funcionamento do motor e também do ambiente. Essa central eletrônica calcula e controla totalmente o tempo e o volume da injeção de combustível e o momento exato da ignição e comanda o(s) injetor(es), bomba de combustível e demais atuadores. E também processa todas as informações recebidas, faz diagnósticos, compensações, possui histórico de falhas, entre outras funções.

 
 
Fig. Diagrama da injeção eletrônica - motocicleta Honda

Independente da nomenclatura que recebem, esses módulos possuem  uma  arquitetura semelhante entre todas as marcas de motocicletas no mercado.


Nas motocicletas e Scooters de pequeno porte, por uma questão de espaço, o módulo pode estar  instalado embaixo do assento, na lateral ou atrás da carenagem frontal. A localização é importante para proteger a peça do contato com a água e também evitar o calor excessivo, dois inimigos mortais da ECU.

Módulo de comando
É composto de algumas memórias e funciona com uma tensão aproximada de 5 volts. Recebe sinais da CPU (Unidade de Processamento Central) e trabalha com os dados recebidos da memória ROM.
A CPU também envia comando para os atuadores. Durante o funcionamento do motor, os dados são armazenados na memória RAM, e são importantes para os cálculos.

Autodiagnóstico

A ECU informa o condutor da motocicleta quando alguma anomalia no sistema de injeção de combustível e ignição, por meio das piscadas na luz de advertência, localizada no painel da moto. Para o correto funcionamento do motor em todas as rotações, garantindo a máxima potência com o mínimo consumo de combustível e proporcionando a menor emissão de poluentes, é necessário que o sistema de injeção eletrônica esteja em perfeito estado e a tensão da bateria de acordo com a recomendação do manual de serviços do fabricante - algo em torno dos 12,8v.
O módulo monitora o funcionamento geral da motocicleta, por meio dos sensores e interruptores espalhados em locais específicos, e todas as decisões são tomadas em função dos sinais recebidos. Com as informações da pressão do ar de admissão, temperatura do ar da admissão e posição da borboleta do acelerador, posição do virabrequim, percentual de oxigênio no escape, temperatura do motor, ângulo de inclinação do chassi, rotação do motor, etc.
A ECU calcula o volume do ar que entra no motor e, com base nestes parâmetros, determina o tempo ideal da ignição e o volume da injeção de combustível para assegurar uma mistura ar/combustível adequada a todas as solicitações impostas à motocicleta.
Para a falta de um determinado sinal de um sensor, a ECU adota um plano de emergência para que a motocicleta funcione da melhor maneira possível e o usuário possa perceber a pane através da luz de alerta e recorrer até a oficina mais próxima.
Após a solução do problema, os códigos ainda ficam armazenados no histórico de falhas da ECU e podem ser visualizados com o auxílio de uma ferramenta de diagnósticos (scanner).

Basicamente, a ECU está dividida em três circuitos principais.

- de entrada e saída de sinal
É responsável em transformar os sinais análogos recebidos em sinais digitais, para que o processador possa efetuar os controles do motor.

- Circuito suplementar
É o circuito de alimentação elétrica que converte a tensão de 12 V da bateria em 5 V, necessária para ativar o módulo de comando, os sensores e fornecer eletricidade para o circuito de saída dos atuadores.
Também há o circuito de comunicação, que é o elo entre a ECU e o painel da moto, para indicar os dados sobre o motor e a motocicleta, como, por exemplo, a rotação, a temperatura e os diagnósticos pela luz de alerta da injeção.
O cérebro do sistema recebe vários sinais de entrada, executa processamento e gera sinais de saída.
A ECU transforma os sinais vindos de alguns sensores e interruptor de partida, que estão em forma análoga, em sinais digitais compreensíveis ao seu sistema. O módulo detecta a condição do motor a partir dos sinais recebidos. Com base nas informações, o computador calcula a duração e o ponto da injeção. Logo, envia sinais aos atuadores, incluindo injetor(es), e controla o motor .

Indo um pouco mais fundo no assunto 
De acordo com a Chiptronic, todos processadores de motocicletas são Embedded (incorporados), ou seja, dividem-se em dois tipos básicos:
1. Contém dados eprom;
2. Contém dados  eprom+ eeprom.

Funções básicas dos processadores:
• Armazenar dados fixos (eprom);
• Armazenar dados adaptáveis, ajustáveis (eeprom).
- Eeprom  (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory) é um chip de armazenamento não volátil (não se apaga quando a energia é desligada). Como todo este tipo de processador Embedded, além de processar as informações Eprom (memória que contém os valores fixos da calibração que são os dados fixos de injeção de combustível, avanço, etc.), a ECU gerencia os dados da memória Eeprom.

Dicas
• A ignição da motocicleta produz interferência por rádio frequência (IRF), por isso o supressor e a vela de ignição são equipados com resistores, a fim de minimizar ao máximo qualquer interferência que possa alterar o funcionamento do motor.
• Alarmes e outros dispositivos eletrônicos podem interferir no controle do módulo de comando.
• Os defeitos presentes também podem ser indicados quando pressionamos o botão de partida e, em seguida, ocorrer um sinal de alerta através da luz de anomalia para informar ao condutor que o sistema de injeção eletrônica está com alguma pane e a motocicleta poderá não funcionar.
• Existe fabricante que orienta que os códigos de defeitos gravados na memória sejam removidos, para assegurar o perfeito funcionamento do sistema.

Reparo da ECU
Os fabricantes não recomendam esse trabalho, porém o preço da peça sugere sua recuperação. No mercado, existem especialistas que conseguem efetuar o serviço substituindo alguns componentes internos.



Fig. ECU
ECU com chave codificada e
sistema imobilizador

Na maioria das motocicletas equipadas com chaves codificadas e sistema imobilizador, normalmente a ECU não pode ser transferida para outra motocicleta nem tão pouco recodificada, pois o módulo não reconheceria o chip da chave de ignição. Porém, se for substituído em conjunto a ECU, a ignição e o imobilizador do sistema  funcionarão normalmente.

Configuração de ECU
Na linha de motocicletas da marca Kasinski, as ECUs que equipam as motocicletas Comet e Mirage 250/650cc possuem o módulo semelhante, porém, a configuração da injeção de combustível e ignição é específica para cada modelo.

Principais defeitos
Oxidação nos pinos ocasionados por infiltração de água ou algum produto da lavagem.
Pinos com mau contato, dobrados ou amassados.

Diagnóstico da ECU

Na linha Yamaha, está previsto com o auxílio de uma ferramenta especial (scanner). Para os modelos 250cc e MT 03 de 660cc, o código de acesso ao diagnóstico é o “70”, e para uma ECU, onde irá indicar um código de controle do mapeamento, pode variar de “00” até “254” valores diferentes, mostrando defeito na peça.
Em outros modelos da marca pode ser feito no painel da moto, seguindo um procedimento nos botões “reset” e “select”.
 
Matéria publicada originalmente no jornal OficinaBrasil
Autor: Paulo J. de Sousa

sexta-feira, 6 de março de 2015

Conservação da motocicleta

Armazenamento e ativação de motos


Muitos são os motivos que levam o usuário a deixar a motocicleta em inatividade por um longo período. Como por exemplo, ter mais de uma motocicleta, ser colecionador, falta de tempo para curtir a motocicleta, inverno e viagem de trabalho. Mas elas podem sofrer vários defeitos pelo simples fato de ficarem inativas por algum tempo. Para o armazenamento prolongado (acima dos 30 dias) são exigidas algumas medidas de proteção conforme o modelo, para que seja evitada a deterioração causada pelo combustível, óleo de motor, fluido de freio e líquido do radiador que são produtos perecíveis.

Reparador, é importante orientar seu cliente para que reserve um tempo para efetuar alguns trabalhos de preparação e a motocicleta e limpá-la totalmente antes de deixá-la guardada.
Cuidados no armazenamento
1. Retire todo o combustível do tanque.
2. Remova o tanque vazio, encha um copo de aproximadamente 200 ml. Com óleo de motor, coloque o óleo no tanque e agite-o para que espalhe completamente sobre a superfície interna, remova o óleo que sobrar e instale o tanque na motocicleta. (para reservatórios plásticos, com revestimentos anti-oxidantes ou de alumínio, esta operação não é necessária).
3. Drene o carburador e suas tubulações e pulverize-o internamente através do tubo de entrada de combustível, pode ser um óleo protetivo em forma de spray.
4. Troque o óleo do motor.
5. Remova a vela de ignição e adicione no interior do cilindro uma pequena quantidade de óleo de motor, cerca de 30 cm³ acione o pedal de partida ou motor de arranque durante alguns segundos para que o óleo seja espalhado internamente no motor e evite a oxidação interna em seguida, instale a vela (para motores multicilindricos esse procedimento deve ser adotado para todos os cilindros).
6. Remova a bateria começando pelo pólo negativo e em seguida pelo pólo positivo, armazene-a em local seco, ventilado longe do sol apoiada em uma superfície de madeira ou de borracha voltando a carregá-la em carga lenta a cada 30 dias ou segundo instruções do fabricante.
7. Lubrifique os cabos de comando e a corrente de transmissão.
8. Apoie a motocicleta em cavaletes de modo que ambas as rodas não toquem o solo e calibre os pneus com pressões recomendadas no manual do proprietário.
9. Proteja as peças cromadas com uma fina camada de óleo protetivo. Não aplicar óleo nas peças de borracha, plástico, disco de freio e banco.
10. Tampe a saída do escapamento e a entrada do filtro de ar a fim de não deixar entrar umidade.

Importante: motocicletas armazenadas sem o devido preparo podem sofrer panes nos componentes elétricos, mecânicos e hidráulicos o que certamente comprometerão a segurança do motociclista.

- o armazenamento deve ser feito em um local seguro, seco, longe do sol e animais onde não tenha grandes alterações de temperatura e não esteja exposta a maresia e a motocicleta pode ser coberta com uma capa adequada de tecido leve (não utilize plástico), evite acioná-la durante o período de desuso.

- para melhor esclarecimento e confiabilidade na execução dos serviços sugira a seu cliente que a tabela de manutenções periódicas do manual do proprietário ou de serviços do modelo seja seguida tanto no preparo do armazenamento como na ativação da motocicleta após o período de inatividade. Alerte sobre a importância que o serviço seja executado por um mecânico habilitado e com as ferramentas adequadas.
Ativação após o período de armazenamento
A ativação é quase uma operação inversa que exige alguns cuidados especiais obtidos nos manuais de cada modelo, cabendo ao mecânico o bom senso que deve julgar com base nas informações técnicas do fabricante se o tempo de inatividade da motocicleta determinará a necessidade da substituição dos fluídos de freio, radiador, suspensão dianteira ou em alguns casos o fluído da suspensão traseira e demais peças com vida útil determinada.
Cuidados para a ativação
1. Lave o reservatório de combustível com um pouco de gasolina para dissolver o óleo e efetuar sua instalação (somente para tanques que receberam óleo e cuidado com as partes pintadas à gasolina remove a tinta).
2. Abasteça o tanque.
3. Deixe uma pequena quantidade de combustível sair pelo dreno do carburador para remover o óleo protetivo.
4. Se necessário troque o óleo do motor e demais fluidos.
5. Instale a bateria começando pelo pólo positivo e em seguida o pólo negativo.
6. Remova os tampões da caixa do filtro de ar e escapamento.
7. Remova a vela de ignição e acione a partida para expelir algum óleo que tenha ficado na câmara de combustão e instale a vela de ignição certificando-se esteja sem óleo.
8. Verifique a pressão dos pneus e, se necessário, ajuste-a de acordo com o manual.
9. Limpe a motocicleta (para) as motocicletas com o escapamento cromado nunca ligue o motor sem efetuar a limpeza total das partes cromadas como a curva e a ponteira do escape, pois a camada de óleo mudará a cor do cromo nos pontos mais quentes do escapamento criando um aspecto amarelado.
10. Dê a partida e verifique se está tudo certo e pé na estrada.



Matéria originalmente publicada no jornal OficinaBrasil
Autor: Paulo J. de Sousa
 
 

Perfil

O Reparador de motocicletas

Assim como já acontece no setor da reparação automotiva, no seguimento de duas rodas o reparador de motocicleta é conhecido como mecânico, termo que de certa forma é incompleto, visto que este profissional deve dominar uma gama de conhecimentos que não estão limitados apenas a questões mecânicas como motor, câmbio e embreagem.

Deve também conhecer suspensão, sistema de direção, transmissão, rodas, sistema elétrico, sistema de freios, carburação, injeção eletrônica, entre outros. Restando apenas para outros especialistas do ramo os alinhamentos, pintura e retífica. Portanto, que este profissional é um técnico em motocicletas. Atualmente nas concessionárias a rotatividade de mecânicos é grande e a faixa etária cada vez menor, algo bem diferente do final da década de 80, em que eram verdadeiros mestres e possuíam muita experiência e até um certo "status".

Em tempos modernos, onde o consumidor tem consciência de seus direitos, as exigências se tornaram cada vez maiores e a expectativa vai muito além da qualidade do produto e, apesar de toda a evolução tecnológica , o bom funcionamento da motocicleta depende de uma manutenção meticulosa. Para isso o bom preparo é necessário.
A missão deste profissional é sempre buscar aprimoramento técnico, acompanhando as novas tecnologias ter o completo conhecimento do serviço e do produto para garantir diagnósticos precisos. Estes fatores exercem influência direta sobre a venda de serviços e geram satisfação e confiança na marca.
Atualmente o mercado de trabalho esta carente de bons profissionais e hoje os centros de treinamento das principais montadoras despejam no mercado inúmeros aprendizes, que a própria seleção natural ira determinar quem permanece, ou seja, aquele que gostar do trabalho e deter o conhecimento atualizando -se constantemente.


Matéria publicada originalmente no jornal OficinaBrasil
Autor: Paulo J. de Sousa